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Merlo

Merlo

Seg | 29.11.21

Fui ajudar o Banco Alimentar

Marco

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Na sexta recebo uma mensagem dum colega/amigo, que queria ajudar no banco alimentar. Fiquei com muitas dúvidas, por causa da pandemia e porque nunca tinha participado. No sábado, depois de almoço ainda com alguns receios, vesti o casaco e lá fui eu para aventura de ajudar quem mais precisa, pego o carro e pus-me a caminho com as indicações do waze. Cheguei como não conhecia a zona, encontrei um lugar em cima do passeio. Entrei fiz a inscrição e fui encontrar o meu colega, ele estava na linha a colocar os produtos, fiquei ali ajudar também. Posso dizer que é duro, não tinha a noção que era tanta coisa acho que nunca me tinha passado tanta lata de atum, arroz, massa e etc. pelas mãos. Havia mesmo muita gente ajudar, somos um país solidário mesmo, é impressionante. Ontem fui ao supermercado e contribui com alguns alimentos essenciais. 

Como expliquei não foi fácil ir, e a minha ansiedade social bateu no topo, tentei arranjar imensas desculpas para não ir, mas na verdade não tinha nenhuma, ia gastar energia a fazer nada de jeito, assim consegui ajudar, os voluntários que também ali se encontravam tirando-lhes o peso do trabalho e ajudei quem mais precisa.

Não gosto que me toquem e ainda mais que pessoas que não conheço, é uma sensação super estranha, nem consigo descrever, por exemplo, (agora já não e comum por causa do distanciamento, alguma coisa foi boa ) quando estamos numa fila de supermercado e a pessoa que está atrás de ti te toca por gestos involuntários, irrita-me imenso, e tento me desviar e ela continua porque está tá distraída a falar com outra. Mas ali era diferente porque como estava a colocar os produtos na passadeira havia outras pessoas que me davam os produtos e de vez enquanto me tocavam nas mãos, era uma sensação muito estranha, claro que tentava evitar, sem que percebessem, para não parecer um anormal, também tive que controlar os olhares.  Mas consegui controlar a minha fobia social e correu tudo bem, foi por uma boa causa. 

Há pessoas que sorriem com o olhar, porque agora só vemos os olhos, lá estava uma rapariga também a colocar produtos na passadeira e ela chamou-me atenção porque ela sorria com os olhos, era impressionante (já sabem que eu reparo muito aos olhares e eles dizem mais do que parece), já não via um sorriso assim a muito tempo.

Sempre que falar rapariga (sem maldade) é mais ou menos na minha faixa etária que eu, uma miúda mais nova que eu, senhora mais velha que eu, ou com um cargo, ou que eu respeito muito e não lhe consigo atribuir “rapariga”.

Esta foi a minha aventura, pequena para alguns, mas grande para mim.

Sab | 27.11.21

Fiquei em destaque - O que uma folha de papel tem a ver com a confiança? - O dilema do fogão desligado

Marco

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Hoje tive uma surpresa muito agradável, quando abri o sapo blogs, e vi  o meu post em destaque "O que uma folha de papel tem a ver com a confiança?", fiquei muito contente, por conseguir chegar as pessoas. 

Mas melhor que um destaque são dois, como todos sabem participo, também no blog sardinhaSemlata e o meu post também ficou em destaque hoje, o post foi "O dilema do fogão desligado".

Desta forma só me faltam mesmo os agradecimentos e estes vão principalmente para os meus subscritores que gostam e acompanham esta loucura diariamente e acreditam em mim, ás pessoas que acompanham mesmo de forma anónima e um especial agradecimento à equipa do SAPO que acredita em mim.  

Um Obrigado e um grande abraço a todos vós. 

Ter | 23.11.21

O que uma folha de papel tem a ver com a confiança?

Marco

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Quebrar a confiança de alguém é como amassar um pedaço perfeito de papel. Você pode alisá-lo de novo mas ele nunca voltará a ser igual.
 
Violet Evergarden 
 
Lembro-me da primeira vez que li esta frase, e para mim define como se perde a confiança. Podemos amachucar a folha de papel e depois alisá-la, até com um ferro de passar mas ela nunca mais vai ficar igual. Mas por vezes essa folha já se encontra tão enrugada que já não é possível alisá-la.
 
Sobre a ilustração, fiz o rascunho, apaguei, voltei a fazer tudo de novo não sei quantas vezes, consegui chegar a isto, a intenção era que se parecesse um folha de papel amachucada. Como sou de engenharias e só aprendi a desenhar retas e fazer este tipo ainda me custa muito (ou sou muito crítico comigo mesmo) tenho que treinar mais, de qualquer forma espero que gostem. 
 
 
 
Seg | 22.11.21

Fiquei em destaque - "Uma das maiores lições que aprendi"

Marco

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Hoje de manhã tive uma surpresa muito agradável, quando abri o sapo blogs, e vi  o meu post em destaque "Uma das maiores lições que aprendi", fiquei muito contente, por conseguir chegar as pessoas. 

Quero agradecer os meus subscritores que acompanham esta loucura diariamente e acreditam em mim, ás pessoas que acompanham mesmo de forma anónima e um especial agradecimento à equipa do SAPO que acredita em mim.  

Um Obrigado e um grande abraço a todos vós. 

Qui | 18.11.21

Uma das maiores lições que aprendi

Marco

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Uma das maiores lições que aprendi com a pandemia, foi não forçar nada, conversas, amizades, relacionamentos, atenção e amor. 

Simplesmente algo que é forçado, não vale apena lutar. 

 

Espero tenham gostado do desenho, adorei fazê-lo, durou vários dias até finalizar, para mim ficou espectacular e vou guarda-lo com a vida, como foi espontâneo e não foi forçado, acho que se enquadra com a mensagem. 

Seg | 15.11.21

A grande caminhada

Marco

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Actualmente moro numa grande cidade, mas nem sempre foi assim. Já falei sobre este assunto aqui e provavelmente irei falar mais vezes “Olhares”.

Mas sempre que saio para visitar os meus pais e ver se está tudo bem com eles, fico lá uns dias com eles.

 Mas quando regresso é sempre a parte mais complicada, pelo menos nos primeiros dias. O andar na rua, sinto-me mal, por causa dos olhares, não entendo porque olhar para mim, faz-me imensa impressão. Sinto-me tão mal, que por vezes volto para casa num o mais rápido possível.

Normalmente vou a caminhar e cruzo-me com outras pessoas e vejo que elas me olham e não sei para onde olhar, nem ao certo o que fazer normalmente tento seguir em frente, às vezes tiro o telemóvel e vejo o meu reflexo para ver se está tudo bem comigo, mas está tudo bem ou achou eu erradamente que sim.

Mas depois com o passar do tempo vai melhorando, mas aqueles primeiros dias são terríveis, não sei porque, reajo assim é algo automático.

No sábado estava bom tempo e saia para caminhar, cruzei-me com duas senhoras, e elas olharam tanto, mas tanto para mim que nem sabia onde me meter, tentei manter o mesmo ritmo olhar em frente e passar por elas, para se acabar o meu sufoco, não sei se ficaram a olhar nas costas, mas olhos que não vêm coração não sente, mas foi um alívio tão grande, mas claro tirei o telemóvel e vi o meu reflexo para ver se estava tudo bem comigo.

 

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