A minha aventura começa com a marcação pelo portal Pedidos de agendamento á COVID, isto porque não tenho médico de saúde e nem sei me iam alguma vez chamar e caia no esquecimento do sistema. Só havia 2 locais um perto da minha casa e outro mais longe, por infelicidade minha o que ficava mais perto não tinha data, tive que escolher a FIL, para dizer a verdade nem sei bem ao certo como lá chego, escolho o dia, que foi logo o primeiro.
No dia seguinte recebo o SMS com a hora, que era uma hora que não dava com nada, ainda pensei em desistir porque era 10:46 a meio da manhã, tive que ligar ao chefe perguntar se podia me ausentar para tomar a vacina, como não gosto nada disto fico sempre muito nervoso, mas não houve problemas nem stress.
No dia da vacina ai começa a minha ansiedade a subir, ter que ir para onde não conheço, o medo das agulhas e estar no meio de tanta gente, ainda pensei em não ir, mas tinha que ir tomar a vacina. A vacinas anteriores eram só atravessar a rua e estava logo lá, esta tinha que fazer uns 18km, atravessar uma cidade que está em fúria com ela própria. A hora de sair de casa vou para o carro, ligo o meu amigo Waze, e aí vou eu claro que conheço caminhos mais simples, mas ele gosta de complicar e envia-me por sítios que nunca passei e nem sei se volto a passar. Quando chego, completamente perdido com tanta volta e sem saber onde estacionar, apenas vejo um polícia, e perguntei-lhe onde poderia fazer e ele indica-me o estacionamento, havia mesmo muitos lugares, apenas um senão era terra batida, muito pó. Uma nota descobri que há policias simpáticos, pelo menos este era, normalmente os que apanho estão com uma cara que parece que ninguém lhes paga.
Vou para o Pavilhão 4 da FIL, os senhores que estavam a porta dão-me as indicações, para chegar ao balcão do check-in, dou os meus dados e pede-me o certificado ou o cartão de vacina, e eu “ahhhhhhh” fiquei logo a bater mal, eles não deviam ter isso? Tinha o meu certificado no telemóvel mostrei e sou informado que vou tomar a pfizer, as outras doses tinha sido por isso tranquilo. Passei para a secção da vacinação, entro muito tímido, mandaram sentar na cadeira. Coloquei o braço disponível e a senhora veio com a vacina olhei para o lado, e deixei que ela fizesse o que quisesse com o meu braço.
Depois passo por um balcão que me dão um saco com uma garrafa de água, um pacote de bolachas e uma maça, e vou para o recobro 30 minutos. E ali começo a ficar em pânico, enquanto nos outros passos por causa do stress, de ir para ali, agora ir para acolá nem dei por ele, mas ali estava sentado e a ver aquilo encher de pessoas. Tentei distrai-me o mais que consegui, olhei para o nada, para o telemóvel. Fui reparando que a maioria das pessoas estava a olhar para o telemóvel, umas no Insta ou Face, havia uma que estava a ver vídeos de receias, outras a jogar e dois senhores a minha frente estava a tirar selfies.
Houve pessoas que esperam uns 5 ou 10 minutos e saíram, mesmo com toda ansiedade de querer fugir dali, fiquei os meus 30 minutos, ainda me dava algo de mau em casa e estava sozinho. Depois foi só apanhar o carro e vir para casa desta vez vim por onde conhecia.
Nesse dia coloquei gelo no local da vacina, pior foi no outro dia para me levantar estava todo dorido e sentia-me doente, mesmo. Medi a febre só um pouco quente tomei um paracetamol e trabalhei o dia todo assim (foi horrivél), não sai de casa porque não me sentia lá muito bem. No dia seguinte foi melhor, mas mesmo assim sentia-me doente, mas fui melhorando de dia para dia.
E esta foi a minha aventura , nada de especial ao olhos dos outros mas para mim foi um terror.