O COVID nos roubou muita coisa, uma delas foi as idas ao escritório, na última quinta fui ao escritório depois de ter passado tanto tempo, uns 2 anos.
Noite mal dormida, por causa ansiedade por ir ao escritório. Acordei mais cedo que o normal, tomei banho e tomei o pequeno almoço, fiz lancheira, normalmente comia por lá em algum restaurante mas decidi comer mesmo por lá, assim sei que tinha companhia. Na hora de sair vejo-me ao espelho e a camisa tinha umas medalhas (manchas) acho que era água, mas não arrisquei (em outro tempo ia mesmo assim) e fui a correr trocar, tinha que estar perfeita, afinal era o primeiro dia depois de tanto tempo.
Saio de casa vou apanhar o metro, acho que já não ando à tanto tempo que nem me lembro da última vez, nas minhas deslocações tenho preferido ir de carro, mas como o estacionamento é complicado decidi mesmo ir de metro. Chego ao metro e vou a maquina de vender bilhetes e logo ali travo uma luta com ela, a primeira não aceitava cartão para pagar, passei para a segunda e consegui carregar o passe, mas as maquinas tem um problema, carreguei com 5 euros para dar para ir e voltar, problema tinha que carregar um pouco a baixo nos 10 euros porque se carrega-se no de 5 euros aparecia 3 euros. Depois de ter travado a luta com a maquina fui a correr apanhar o metro.
Quando ia de metro já tinha alguns pontos de referencia para entrar, não porque ficava mais perto da saída mas porque as carruagens estavam mais vazias. E foi impressionante como me recordei de todos os pontos de referencia. O metro achei vazio parecia fim de semana em outro tempo, nesse aspecto foi bom porque estava cheio de medo de ir porque podia estar cheio.
Cheguei passei pelo porteiro e o cartão ainda funcionava, apanhei o elevador e subi, fui procurar os meus colegas que já lá estavam algum tempo, e confusão do costume onde sentar, senta aqui, agora é melhor ires para ali, é o costume já no passado para as pessoas que chegavam novas era assim, mas agora o novo era eu. Sentei liguei a maquina, e fui perguntar se queriam tomar café e fui tomar café, a intenção não era o café mas sim falar um pouco com eles e já tinha saudades daquelas conversas de café, deu para matar saudades, foi pena não estar lá a equipa toda era só um terço.
Depois fui trabalhar, uma dor de cabeça, tinha um ficheiro para interpretar e perceber o que estava de errado, descobri e corrigi, à hora de almoço fui almoçar com os meus colegas, tudo muito esquisito, as mesas só tinham um banco, por isso é que era esquisito, não tinha sido assim que tinha deixado, noutro tempo havia uns 4 bancos por mesa e se fosse necessário aparecia mais uns poucos e ninguém sabe da onde.
Depois ainda perguntei o meu colega se agora não saiam há hora de almoço, disse que não, antigamente saiamos todos para ir beber café, e fiquei por ali.
A meio da tarde reparei que o cartão não funcionava no piso porque tinha andado a boleia, sempre que ia entrar estava alguém a minha frente e não tinha reparado, já em pânico porque ainda ia ficar lá a dormir, porque não ia conseguir abrir a porta, fui falar como o meu colega e ele deu-me um nome para ligar, tentei e ninguém atendeu, e fui tentando e lá consegui falar com ele e ele fez magia e já funcionava.
Durante a minha estadia lá no escritório falei com alguns colegas que se meteram-se comigo, vi outros que nem um bom dia, nem um olá, já não davam antes porque o iam fazer agora, só falam mesmo quando precisam.
Quando sai fui apanhar o metro meio com o medo da confusão, mas foi tranquilo o metro está em modo de fim de semana de outros tempos. Mas continua atrasado como sempre no transbordo fiquei uns 10 minutos à espera, o relógio dizia que chegava em 2 minutos, ainda pensei que podia ir a pé porque é só uma estação, mas fiquei a espera observar as pessoas da plataforma oposta. Antigamente via uma roda de pessoas a olhar para o telemóvel agora vê se cada um para o seu lado a olhar para o telemóvel.
Cheguei a casa casando.
Gostei do regresso, agora só não sei quando vou voltar.