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Merlo

Merlo

Qua | 13.07.22

descupa se te magoei

Marco

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desculpa se te magoei, nem eu sei o que eu estou a fazer aqui.

 

Nunca fui, bom com palavras, nem com o sentido que lhe podia dar. Acabei por ser directo, acabei por magoar, dói-me por isso, mas só queria entender o porquê. Não pensei o que podia magoar dessa forma, nem nas consequências, só me resta pedir desculpa. 

 

 

Criei esta ilustração a lápis de carvão, gosto de desenhar só a carvão e criar as sombras e escolher algo para ficar com uma cor, já tinha feito em outros desenhos. Parece fácil porque só tem uma cor, ou é carvão claro ou carvão mais escuro, mas sempre que tocam no desenho borrata tudo, e lá tenho que andar com a borracha a volta, fiz isso umas mil vezes, por culpa minha esquecia-me e passava com a mão por cima para limpar, mas o limpar era borratar tudo. Esta ilustração transmite tristeza é isso que sinto, espero que se afaste um pouco mais, e não me engole como faz sempre.

Ter | 12.07.22

Estou no blog da Cafeína - "Um café com o Marco"

Marco

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Sai de muito tímido de casa porque ia conhecer a Cafeína, e fui até a casa dela, ela foi muito querida e recebeu-me muito bem. Ofereceu-me um café um "Kopi Luwak" diz ela que é o melhor do mundo, não tenho muita cultura em café, costumo beber o do escritório que custa 30 cêntimos e o aroma varia entre o mau e um pouco menos mau. Mas este sim era muito bom, ela foi procurar uns macarons que tinha comprado na pastelaria perto da casa dela, mas não os encontrou, os miúdos já os tinham encontrado e limparam o prato, os gatos dela também ajudaram porque nem migalhas sobraram, ela ficou um pouco furiosa, mas disse que não sou dessas coisas, que até podia ser uma mine uns tremoços, desde que seja de boa vontade para mim está ótimo. Acabamos por comer umas madalenas para acompanhar o café e eram bem boas talvez das melhores que já comi. A entrevista tinha perguntas fáceis, mas tinham a sua complexidade foi um momento muito agradável.

A Cafeína foi uma das pessoas que conheci aqui no blog, é um doce, e é incrivél e tornou-se especial para mim, gosto muito de ler o que ela escreve no blog e os seu comentário.  

Cafeína, obrigado pela oportunidade, ser o primeiro é uma responsabilidade acrescida, porque se for mau posso acabar com a tua rubrica, e não quero isso, principalmente espero que gostes. Talvez o futuro um dia cruze os nossos caminhos e te consiga conhecer pessoalmente e te possa dar um abraço, mesmo com a minha timidez. Desculpa o meu mau feitio.

A todos vós espero que gostem da minha entrevista e de conhecer um pouco mais de mim, passem por lá e comentem, e acompanhem o blog da Cafeína.

Podem ver a entrevista aqui https://aqueladocecafeina.blogs.sapo.pt/um-cafe-com-o-marco-66037

P.S. Só para terem noção o café “Kopi Luwak” é um dos cafés mais caros do mundo o kilo no site onde li custa 2600 dólares (uiii ando tão desligado que nem sabia que o dólar está ao mesmo que o euro, por isso custa 2600 euros).

 

 

 

 

 

 

 

Sab | 09.07.22

Vou embora

Marco

20220709_171744.jpgNão sei por que razão, mas tem sido assim um pouco toda a semana. Uma insegurança em locais públicos, sinto uma parte de mim não quer estar ali, mas tenho que estar. Já escrevi sobre este tema aqui, e quem o leu, vai dizer, lá vêm ele outra vez com o mesmo tema, mas isto me incomoda mesmo, é os olhares.

Quando saio á rua tento que seja tudo muito perfeito, não entendo a vibe de andar na rua de pijama por exemplo a passear o cão, para mim tinha que sair com uma roupa "decente" (está dentro de aspas, porque o decente para mim é diferente de voçês, por isso depende), vá que encontre alguém? Às vezes saio de roupa desportiva, calça/calção de treino, mas não é qualquer um, tem estilo, as t-shirts como são todas escolhidas a dedo tanto faz. Mas onde quero chegar expeto essas vezes que saio com roupa mais desportiva, porque normalmente vou fazer qualquer coisa de desporto, e dessa forma fico a destoar nesse local, o resto tipo normal, uma calça de ganga tenho algumas, de varias tonalidades, umas mais chiques, outras mais do tipo que fui á bulha com um cão mas acho que perdi, mas depende da vibe, claro que com este calor não vou usar calças pretas, ai sim têm motivo de me olharem, porque vão pensar "olha me este "tone" com 34º e anda-me de calças de ganga preta".

E eu aqui a enrolar (devo estar a receber à letra), de alguma forma para a minha cabeça tento sair vestido normal (para o local para onde vou), lavadinho e cheiroso (isto do cheiroso um dia com coragem explico, há uma razão), isto tudo para passar despercebido, entre os demais, para mim não sou assim tão bonito (acho que só para a minha mãe ) que mereça destaque. Mas quando saio, para caminhar ou vou algum sítio especifico seja ele supermercado, uma festa, ou consulta ou outra coisa qualquer, não importa (acho que já perceberam), incomoda-me os olhares, e meio que fico ali constrangido, porque não sei se há alguma coisa de errado comigo, será que estou mal vestido, tenho alguma coisa na cara, sou assim tão feio. Fico mesmo atrapalhado, tem vezes que tiro o telemóvel só para ver o meu reflexo no ecrã para ver se está tudo bem.

À, mas isso são coisas da tua cabeça, mas reparo que estão mesmo a olhar para mim e sinto isso, e nunca entendo o porquê. 

Principalmente, ultimamente tenho reparado que me olham mais, por exemplo quando caminho, e tento apenas ignorar, mas isso mexe comigo. Por não saber o que está de errado comigo, por e olharem assim. 

Esta imagem retrata um pouco o que sinto, todo o meu pânico, ansiadade, medo, vergonha. Às vezes isso torna-se complexo na minha cabeça, muito vão dizer, mas é complexo porque queres, "sim claro" concordo. Mas não é verdade, quando dispara a autodefesa, o que ela faz é proteger-te de tudo o que está me ameaçar, e começa e surgir muitas coisas ao mesmo tempo na minha cabeça e tudo começa a ficar complicado, é muita informção e dúvidas, e faz que eu deixe de sair de casa ou ir algum sítio só para não sentir isto tudo, porque não é agradável, simplemente é horrivél. Para alguns que não sentem isto tudo acontecer ao mesmo tempo, claro que é fácil e fica bonito dizer "é complexo porque queres" talvez se ajudassem um bocadinho, em vez de dizer isto acreditem descomplicava mais, mas é sempre mais fácil falar do que agir.

É um assunto sério para mim, mas que tentei juntar um pouco de humor para não ficar assim tão pesado.

Qui | 07.07.22

Relatos de um Marco - Olá #4

Marco

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Domingo, sai de casa de manhã só mesmo para sair, sem programa, saio e pego no skate e vou para o carro. Tenho que ir de carro, porque o local onde costumo andar ainda fica um pouco longe. Faço umas voltas só para curtir, e depois sigo viagem no asfalto para um local muito agradável, onde me posso sentar, ver o rio, os barcos e as pessoas que passam a passear ou fazer desporto. É muito sossegado e calmo.

Encontro um local, meio a sombra, as árvores ainda são muito pequenas para dar uma boa sombra, coloco o skate ao meu lado e desligo-me do mundo. Fico ali nos meus pensamentos, refletido, entretanto tiro o telemóvel e tiro umas fotos, já devo ter umas mil daquele local, mas pronto ..., mas gosto. Fico ali, mete zoom, tira zoom, mete filtro, tira filtro, mesmo naquela só para divagar. 

Entretanto reparo um cão já mesmo em cima de mim, e uma rapariga aproximar-se, os cães normalmente querem sempre cheirar tudo e todos, ele aproxima-se de mim, solto um sorriso, porque gosto de cães, e a rapariga dá-me um sorriso e diz-me "OLÀ", e eu fiquei super atrapalhado porque nunca sei o que dizer nestas situações em que se dirigem a mim do nada. Dei-lhe um Olá também, fiquei mesmo sem jeito, porque não estava mesmo à espera de falar com alguém ou alguém se quer falar comigo. 

São estes pequenos gestos que tornam o dia diferente do outro. 

Qui | 07.07.22

Hoje estou aqui ao lado no sardinhaSemlata - Vassoura

Marco
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Oooops, ontem esqueci-me de publicar aqui no meu blog a minha participação no sardinha sem lata. 
As escolas já acabaram ou estão acabar, mas para o Marco não, acho que é bem feita, por se armar em espertinho com a sua professora. 
 
Acima de tudo espero que gostem e que consiga arrancar uns sorrisos desse lado. 
 
Ter | 05.07.22

Para refletir - A verdadeira violência

Marco

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A verdadeira violência...

A violência que eu percebi que era indesculpável ...

É a violência que fazemos com nós mesmos, 

quando temos medo de ser quem realmente somos.

Este enxerto faz parte da série Sense8, comecei a ver muito por causa desta cena para perceber o que tratava realmente e estou a gostar, mas ainda estou muito o início.

O peso que colocamos em cima de nós e a auto-critica se torna por vezes uma violência extrema. Essa violência é de tal forma que magoa imenso e vai nos destruindo, seja psicologicamente ou fisicamente. Pior disto é que se for outro exercer violência sobre nós, temos uma tendência a defendermos ou procurar ajuda, mas com nós próprio se torna silenciosa e não deixamos que os outros vejam.  

Nós somos o nosso pior inimigo, aquele que nos conhece todos  os nossos pontos fracos, as feridas, os traumas, defeitos e sabe bem como atacar, ou quando atacar para nos destruir.

Por isso concordo "A verdadeira violência é o que fazemos com nós mesmos". 

Não consegui encontrar um vídeo com a legenda em português, traduzi espero que tenha ficado bem. 

 

 

 

Sex | 01.07.22

Falando um pouco de timidez

Marco

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A timidez é uma condição alheia ao coração,

uma categoria,

uma dimensão que desemboca na solidão.
Pablo Neruda

 

Já tinha referido por aqui a minha timidez, apesar de ser adulto nunca consegui superar. E por vezes que para os outros parece fácil, para mim é um monstro que tenho que enfrentar. Normalmente lugares novos, lugares com muitas pessoas, pessoas novas, ou que a conexão não existe ou se perdeu, isto tudo fica muito difícil para mim gerir. Sei que ter alguém ao lado ajuda imenso, mas no meu caso enfrento tudo sozinho, porque só sou apenas eu. Não gosto de ir a festas, se em outros tempos inventei desculpas para não ir, no atual não tenho rejeitado nenhuma, porque penso que vai ajudar. Mas só que não, não, é que não seja sociável, só não tenho a vontade e acabo por ser muito calado e me isolar e ficar num "canto", reparo que outras pessoas levam acompanhantes e tem sempre alguém para falar. Pior disto quando regresso a casa e o sentimento de culpa toma conta de mim, porque não consegui que corresse bem e não me senti feliz ali, porque é uma festa deveria sentir-me feliz mas não sinto, e o sentimento de culpa e de fracasso é devastador. 

No último post "estou aqui a mil" tem muito a ver com isto, era um lugar novo, com pessoas novas, isto estava a gerar um pânico dentro de mim, sem ninguém com quem falar, e acabei por escrever aqui, meio soft, porque o que escrevi acabou, por ser soft mesmo acreditem, o que sentia é mesmo muito mais. 

Gostava de ser muito mais comunicativo, mas apenas sou tímido e faz com que a minha autodefesa suba para níveis elevados, de não conseguir falar ás vezes, se já me prejudicou e prejudica, a resposta é sim. A timidez acabou por ser tornar uma das caraterísticas dominante da minha personalidade. 

Já me aconteceu n vezes, sentir vontade de conhecer um lugar, e até escolher uma data e hora para ir, mas acabo sempre por autossabotar, como os meus pensamentos. Outras vezes vou, mas necessito do meu tempo para conseguir ir, mas consigo, mas mesmo assim acho que não consigo desfrutar, porque 5 minutos basta e acho que já vi tudo o que era para ver, não tenho uma ancora que me prende ao lugar, não tenho ninguém para partilhar e nem para contar o quanto foi especial, e acaba por ficar tudo cá dentro. 

Perdi a vontade de conhecer pessoas, porque percebi que ou acabo por magoá-las como o meu jeito (mesmo esforçando para que isso não aconteça), ou elas me magoam ou se afastam. 

O vídeo clip da musica do Kodaline - All I Want (Part 1) retrata e muito como eu me vejo e como eu acho que os outros me veem, lembro da primeira vez que o vi, lembro me de ter chorado (já foi á uns anos),  e a musica em si não ajuda porque é triste, mas é a minha realidade e talvez de outros visto não foi criado por mim mas por outra pessoa.

Quando você disse seu último adeus
Eu morri um pouco por dentro
Eu deito e choro durante a noite inteira
Sozinho, sem você ao meu lado

Original: 

When you said your last goodbye
I died a little bit inside
I lay in tears in bed all night
Alone, without you by my side

Não vos a conselho a ver o vídeo clip, pelo triste que é e o que transmite. 

Por vezes apenas me sinto como na ilustração sozinho, cheio de medo no escuro segurando uma lanterna e uma espada enfrentado os monstros, que são tantos e enormes, prontos para devorar. 

Sei que o texto foi uma seca, e nem sei que vão chegar até aqui, apenas escrevi um pouco de mim o que sinto e como vejo o mundo.

 

 

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