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Merlo

Merlo

Sex | 26.05.23

Relatos de um Marco - sexta-feira

Marco

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Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror.

Charles Chaplin

 

E hoje é sexta-feira já cheira a fim de semana, o tempo está enublado e ameaça com chuva. Queria que não chovesse quando chegar a hora de sair do trabalho. Não sei se vou ter essa sorte, mas assim sempre podia caminhar e ver gente. E quem é essa gente? Pois não sei, é apenas gente. Sei que sou um estranho para essa gente, mas elas são o mesmo para mim. Sempre dá para ver uns sorrisos. Mas que tipo de sorrisos? Tem uns falsos, aqueles que vês que a pessoa dá para parecer bem. Tem outros barulhentos, gargalhadas que ouves bem ao longe. Outros simpáticos, quando vês que a pessoa está feliz e ela toda sorri. Tens também uns tímidos, estes são os que eu gosto mais, são os mais sinceros e os mais difíceis de encontrar. Porque são os mais difíceis de encontrar? Porque são sinceros. Mas tu sendo tímido, todos os teus sorrisos são sinceros? Não, dependente do ambiente, tenho de sorrir, mesmo que não sinta isso ou vontade de o fazer. Então és falso? Sim, em certo ponto sim, porque tento esconder algo, diferente daquilo que realmente sinto e também para não ser desagradável, nem criar mau ambiente. É importante não criar mau ambiente. 

E hoje é sexta-feira já cheira a fim de semana espero que não chova. 

 

Mas se chover, sempre podemos ouvir uma musica para animar, dançar, saltar, etc. Hoje ouvi a nova musica dos DVBBS, gosto muito deles. E porque hoje é mesmo sexta-feira temos direito a música "Crew Thang".

Qui | 25.05.23

Relatos de um Marco - Tele consulta

Marco

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Assim do nada recebo uma mensagem (sms) do hospital, com a marcação de uma consulta que vai ser realizada por telefone. Foi a minha primeira vez, nunca tinha tido uma tele consulta, fiquei assim a pensar o que poderia ser, todas as minhas consultas sempre foram presenciais. Os tempos do COVID, trouxeram muita coisa ruim, mas penso que as tele-consultas foi uma coisa boa. Mas muito de vocês vão dizer que já havia, sim havia, mas penso que não, deveria ser uma coisa muito comum. A última noite antes da consulta, foi uma noite sem dormir, com tanto para pensar, com tanta informação para processar, é neste momento que gostava de ser uma máquina com um botão de desligar, como ia saber bem.

Levanto-me ansioso, com vontade de falar com alguém, mas com quem? Quem poderia ser? Converto esse diálogo a um monólogo, talvez apenas esteja a enlouquecer, ou talvez não. Como a mensagem não tem hora, cada minuto passado gera mais ansiedade. Até que o telefone toca, olho para ele, ele diz-me que é do hospital. Respiro fundo e atendo, é a doutora, cumprimentamos nos, e ela começa a falar, que desta vez conseguimos recolher suficiente para analises, e que tinha descoberto o bicho que me estava a deixar doente, é uma bactéria. Que ia ter de fazer um tratamento para expulsar o bicho de mim. Traduzindo isto para miúdos, tenho de tomar antibiótico durante um longo prazo. Não gosto muito de antibióticos, eles mexem comigo, mas tem de ser. Agora só falta mesmo saber, qual dos bichos ele vai matar…

Agora aqui estamos na luta, para expulsar o sacana do bicho que que apoderou de mim.

 

Qua | 24.05.23

Relatos de um Marco - Exames parte 2

Marco

 

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Mais um dia de exames, e estes no dia de semana e tenho que os gerir com o trabalho. Aviso sempre lá no trabalho que tenho uns exames e pergunto sempre se há problemas em ir, no caso de haver para tentar remarcar para outra data. Normalmente dizem-me que não há, também avisei que este pela sua complexidade pode ser que não trabalhe e necessite de tirar o dia.

Acordo cedo, preparo-me e chamo um TVDE (isto tudo para não escrever a marca da app), o condutor aceita a viagem e fico a espera tempo estimado para chegar 10 minutos. “Porque não vais de carro?” Porque segundo eles não posso conduzir depois. Como odeio esperar, mas tem que ser. Fico ali a olhar para o visor do telemóvel a ver quando ele estava próximo de casa. Ais que fica perto desço as escadas e saio para a rua, e vejo ao fundo da rua. Chega entro e digo bom dia e ele responde, ele diz o nome dele, mas não entendi nada, mas valida ter dito que che chamava João. Seguimos viagem, ele vai ouvir uma música indiana, não entendo nada da música, mas pouco interessa só quero mesmo chegar ao meu destino a horas. Porque tenho horas para chegar. A viagem é passada a olhar pela janela, vendo as pessoas lá fora e outros condutores sempre tão aperssados. Até que chegamos e peço para me deixar na entrada e aqui começa o drama dos corredores e portas, qual é o meu. Subo as escadas e vou  seguindo as indicações que me foram dadas por telefone. Claro que entro numa porta tiro senha, e espero. Claro não estava no lugar correto, a senhora explica-me e lá vou eu a correr, porque já estava a pisar a hora marcada. Chego ao novo local, com a incerteza que era mesmo ali, tiro novamente a senha e espero, sou chamado e ufaaaaa estava no local correto. Faço o check-in e vou me sentar e ficar a espera. Passa a hora e eu começo a ficar mais nervoso, naquela sala sozinha. Até que chega uma enfermeira e diz o meu nome junto com outros, vou até ela e entramos por umas portas. Faz umas perguntas e leva-me para uma espécie gabinete, com uma cama pede-me para deixar as minhas coisas no cofre e tirar a roupa e vestir uma bata e deitar-me na cama. Nunca sei apertar a bata não sei se abertura é para a frente ou para trás, não tem nenhum manual de instruções. A minha bata, já tinha muito uso, não era nova via-se pela cor e até tinha uns furos, não sei a sua histórias mas deve ter muitas para contar, e hoje vai fica com mais uma, mas estava lavadinha. Visto a bata e deito-me na cama, claro que era para deitar por baixo dos lençóis e aqui o parolo apenas se deitou. A enfermeira explicou-me e fiz o pretendido. Disse que era ela que me ia acompanhar e reclamou da cama que era pesada, mas não tenho culpa a mim só me disseram que era para deitar ali. Com isto tudo lá vem mais agulhas para me espetar na mão e lá fico eu. Deitado a ouvir a máquina dos pis…. Vem mais uns médicos ou enfermeiros falar comigo, pede-me informações vou respondendo o que sei, ou que não sei não posso responder. Até que chega a hora, a enfermeira vem-me buscar chama o colega para me levar com a desculpa da cama ser pesada, e a conversa deles é onde estão as camas deles, ele responde que foram levadas para os COVIDs e que em princípio vão voltar. Passamos por corredores, eu completamente perdido, não sei onde estou. Até que chegou a uma sala metem-me lá para dentro, a senhora que está lá dentro explica-me o procedimento, pede-me para assinar uns papeis. Eu penso, o que acontecia se agora recusa-se? Claro que não o ia fazer, se fosse nem ia. Já estava ali, era para o que fosse. Chega a médica fala comigo, não sou de muitas palavras, e estou muito assustado com aquele aparato todo. Mas tento mostrar uma serenidade, e tento falar. Começa o exame, mexe aqui mexe ali até que termina. Sinto-me mole de todo o procedimento e sou novamente arrastado para o ponto de partida, e deixado lá sozinho. Mantenho-me imóbil, mas fico a pensar, desta vez não me consegui conter e sinto as lágrimas escorrer, e a máquina dos pis acelerar, fico aflito e limpo o rosto o mais rápido possível, para que ninguém repare. Passado uns alguns minutos vem novamente falar comigo, e dão-me algo para comer. Não tenho fome nem sede, acho que como por educação. Mais algum tempo dize-me que posso me levantar, e mudar de roupa. Mudo de roupa e fico á espera de novas indicações, depois fico sentado numa cadeira novamente à espera, não sei do quê, eu apenas quero ir embora. A doutora passa por mim diz correu bem, mas continuo ali a espera. Até que a enfermeira, vem e me dá um papel com o relatório e pergunta se tenho alguém comigo, digo que não. Fico mais tempo à espera, até me deixarem ir embora para casa.

Mais um aventura deste Marco e assim me despeço com um beijo e um queijo até para a próxima. 

Qua | 24.05.23

Cheguei tarde, mas ainda cheguei a tempo - Sardinhas em Lata - Sem Roupa

Marco
Olá a todos, já é de noite, muitos de vós já devem estar a dormir, aqui ainda é cedo para dormir. 
 
Hoje temos mais uma aventura do nosso Marco lá no sítio do costume. Não sei o que aquela cabeça anda a pensar, mas coisa boa não é. 

 

Se quiserem ver aventura do Marco passem por aqui: https://sardinhasemlata.blogs.sapo.pt/sem-roupa-462379 

Qui | 18.05.23

Relatos de um Marco - Exames parte 1

Marco

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Já tinha escrito à alguns dias atrás a minha aventura da ida ao médico, claro que depois do médico vem sempre os exames. Exames marcados chega o dia, vou ao hospital. Chego ao hospital e para mim é sempre uma confusão, aqueles corredores todos e portas, mas lá consigo encontrar a sala. Faço o check-in e fico sentado à espera que me chamem. Por ser um sábado não há assim muita gente, só algumas pessoas, se falarmos de números umas 10, tirando que metade são acompanhantes. Confesso que fiquei um pouco assustado porque todos estavam a beber um líquido. Fiquei a pensar que ia ter que beber aquilo também, e pelos comentários tinha um sabor horrível, mas pronto, é o que é, estou ali, é para o que for. Vão chamando as pessoas para dentro, vão chamando as pessoas para lhes entregar o líquido. E a mim nada, continuo sentado aguardar e a minha ansiedade a subir, cada minuto sobe mais um pouco. Não consigo parar de pensar, dá para pensar em tudo, sobre a vida, o porque estou ali sozinho, ou até como elaborar um plano para fugir dali, como aquele dos filmes, esta é a parte mais louca, para tentar desfocar de todos os outros pensamentos menos bons.

Até que me chamam, sinto o coração bater mais forte, até o sinto na boca, e penso que é agora. Levanto-me timidamente e vou ter com a senhora auxiliar. Ela acompanha-me e leva-me para uma sala para despir a roupa e trocar por uma bata.  Faço isso, e fico lá dentro a espera que me chamem novamente, só que a luz estava sempre a desligar, é uma daquelas com um sensor de movimento, então tinha que estar sempre a levantar o braço, do tipo “esqueceram-se de mim, eu ainda estou aqui”, para não ficar às escuras. Até que ouço a voz me chamar novamente e manda-me sentar, e ficou a espera porque a enfermeira estava a tratar de outros pacientes.

Chega a minha vez, e ela puxa um banco com uma almofada para apoiar o braço, deve ter um nome, mas infelizmente não sei qual é. E aqui começa a desgraça. Ela explica-me o que vai fazer, que vai espetar uma agulha e colocar um líquido, mas tem de acontecer algo, acho que o sangue tinha que descer. Claro que sinto-me nervoso, não é algo que goste, nem o sítio é agradável.

Aí ela começa o procedimento, espeta agulha e pergunta se doí, que pergunta estúpida, claro que doí, acabou de me espetar uma agulha no braço em direcção a veia. Mas claro não sou nenhuma criança e é suportável, e fiquei quieto. Ela vai falando, que tenho que estar mais tranquilo e blah blah blah, porque se não desce. E com isto tudo com ela a segura-me o braço, e não gosto que me toquem, ainda fico mais desconfortável.  Bom claro que não deu, ela tem que voltar a espetar outra agulha, no mesmo braço e volta tudo ao início. Volta a magoar-me, e o mesmo procedimento e sem sucesso. E eu a ficar ainda mais nervoso e desconfortável com tudo isto e já com o braço todo picado (eu aqui a dramatizar foram só dois furos). E aí passamos para o outro braço, sinto triste, porque não sei se é aselhice dela, ou sou eu mesmo que nem para isso sirvo. Volta a repetir o procedimento e mais uma picadela, aquilo doí, nestas situações olho sempre para o lado e não vejo espetar agulha, depois de lá estar é tranquilo, mas espetar faz-me impressão. Ficamos uns minutos em suspense, ela estava sempre a falar, eu sem saber o que dizer, eu só queria era mesmo fugir dali. Agora sim, funcionou e ela fez o que tinha de fazer. Depois fui chamado e fiz o exame, foi a parte mais fácil, só tinha mesmo que estar deitado, a olhar para o teto, se demorasse mais um pouco dormia. Naquela adrenalina toda esqueci-me de perguntar se estava tudo bem, pergunto sempre, mas esqueci-me. Volto para o corredor a enfermeira pergunta-me se consigo trocar de roupa sem arrancar aquilo tudo, respondi que sim só tinha mesmo que vestir um pólo. Fui trocar-me, apanhei as minhas coisas e voltei e fiquei à espera. Confesso que aquele momento, bateu uma tristeza dentro de mim, que tive que controlar para as lágrimas não caírem e tentei manter a postura e esperei, ela veio, arrancou aquilo tudo. Perguntou se estava bem, perguntou se tinha alguém a minha espera lá fora, fiquei triste naquele momento e nem consegui responder, apenas acenei com a cabeça que não (neste momento pensei que já vou arranjar problemas) mas ela disse que podia ir. Sai com 3 pensos enormes nos braços, e fui para o carro, fico sempre ali uns minutos a digerir aquilo tudo, também para acalmar.

 

E assim termina, e também me despeço, um beijo e um queijo, até para apróxima. 

Qua | 17.05.23

Aqui estamos novamente .... Sardinhas em Lata - Piolhos

Marco

Olá a todos, o que andam a fazer?  Como se alguém me respondes a esta pergunta ...

Hoje é quarta e aqui estamos mais uma vez com a minha rubrica no Sardinhas em Lata, infelizmente não consegui fazer na semana passada, não sei se repararam na minha ausência, mas acabou por sem um pouco complicada. 

Ver se ainda esta semana publico os texto já escritos, é um pouco chato, porque são temporais e estão fora do seu tempo

Voltando ao importante, o que será que o nosso Marco andou aprontar desta vez? Acho que sabemos a quem o Marco sai... porque a mãe dele lhe deu uma que ele ficou pasmo. 

E já agora, alguém aqui não teve piolhos? Huuuum se reapoderem que sim, acho que não tiveram infância , porque todas as crianças tiveram piolhos.

Se quiserem ver aventura do Marco passem por aqui: https://sardinhasemlata.blogs.sapo.pt/piolhos-459839 

Qua | 03.05.23

Já marchava uma sardinha - Multa

Marco

Olá, olá, como estão? Aqui estou a morrer de calor... 

Agora falando, da BD parece que a Beatriz ainda não deixou o nosso Marco, porque voltou. E ao que parece desta vez foi ela que tramou o nosso Marco, por ser tão vaidosa. Aqueles dois ... sempre a fazer das deles. 

Se quiserem ver mais uma aventura do Marco passem por aqui: https://sardinhasemlata.blogs.sapo.pt/multa-455413 

 

 

Ter | 02.05.23

Fiquei em Destaque - Relatos de Marco - Hora dourada

Marco

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De alguma forma tenho voltado como prometido, e tenho utilizado a rubrica "Relatos de Marco", resumidamente são pequenos trechos do meu dia. Não tendo uma vida espectacular, mas sempre consigo relatar algo. 

 

Obrigado a toda a equipa do SAPO que tornam isto possível.

Obrigado a todos os subscritores do blog. 

Obrigado a todos que acompanham o blog e vem cá dar força e espreitar. 

Obrigado a todos vocês e um grande abraço.  

E prontos … assim me despeço, um beijo e um queijo, até para a próxima.