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Merlo

Merlo

Qua | 31.01.24

Sardinhas em Lata - Fim do Mundo

Marco

Olá a todos, o que andam a fazer? Sei que já é de noite e tarde, muito de vocês se calhar já estão a dormir, outros a ver a novela, outra a ver algum filme ou serie, se calhar há gente a jogar, ou mesmo a caminho de casa. Seja lá o que estiverem a fazer espero que estejam bem. 

Aqui estamos nós para falar do nosso Marco. Como hoje até é o último dia do mês de Janeiro e já andamos todos a contar os "pretos" (os pretos são as moedas pequeninas 1, 2, 5, 10 e 20 cêntimos), tenho que dar razão ao Marco, porque é mesmo assustador. 

Se puderem passem por lá e digam um "Oi". 

Podem ver aqui

Qua | 24.01.24

Relatos de um Marco qualquer - Mascara

Marco

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Tem coisas que NÃO se escolhe

pela beleza da casca

Um exemplo é o maracujá

outro exemplo são as pessoas ... 

do Livro Poesias que escrevi enquanto aprendia a viver

Votei a usar a máscara, como ainda tinha desde a altura que era obrigatória, foi só ir ao armário buscar uma. Já era algo que andava a ponderar, usar nos transportes públicos.

Antes de sair de casa, foi buscar uma e levei a comigo, quando cheguei a entrada do metro coloquei, porque a partir dali o distanciamento fica mais difícil. Já era algo que andava a apoderar a algum tempo, com o número de mortes a subir e o estado das urgências. Parece que recuamos e vai voltar tudo aos tempos da pandemia, mas não acredito, temos umas eleições a porta e ninguém quer perder. E assim fui, entro pela estação, havia ainda poucas pessoas, pessoas de máscara ainda eram menos, sinto-me intimidado, e com vontade de a tirar, para me sentir mais normal e integrado com o resto das pessoas. Mas mantive, no segundo transbordo de metro, a plataforma estava mais cheia e pessoas de máscara continuavam a ser poucas, continuei com ela, entrei no metro. Uma coisa que reparei é as pessoas tem uma tendência afastar-se de pessoas com mascara. Algo que levou a pensar, “é mais seguro estar com alguém sem máscara ou com mascara?” Não sei que os outros pensam, não sou os outros apenas sou eu, e o que eu acho que é mais seguro estar perto que alguém com mascara, não é por ter que está doente, mas sim está-se a proteger a si e aos outros.

A viagem de regresso a casa foi de igual forma de máscara, tentando sempre mantar um distanciamento, pelo menos o possível.

Qui | 18.01.24

Relatos de um Marco - O Resmungão

Marco

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“Por medo deixei de fazer tanta coisa

e por coragem fiz tanta burrice.

por isso agora eu sou assim, confuso.”

Livro: O que eu faço com a saudade? Por Bruno Fontes

 

Uma ida ao supermercado que até parecia normal e foi. A lista até era pequena, mas precisava de algumas dessas coisas para o jantar ou então tinha de improvisar e fazer outra coisa. Mesmo assim decido ir, e preparo-me tento encontrar uma sacola e lá vou eu todo pimposo. Chego e começo a atacar a lista para não estar muito tempo ali, vou deitando o olho para os produtos em promoção e acabo sempre por trazer mais coisas do que estão na lista. Ais que termino e vou para a caixa, nem tinha muita gente a minha frente 1 pessoa na caixa a fazer o pagamento e outra a espera, e eu fico ali a olhar, sei la para o quê. A pessoa que está minha frente avança e eu dou um passo e continuo espera e olhar para o nada. Ais que passa um empregado da loja e vai até a caixa e pergunta algo sobre o preço do pão, que acho que não estava marcado. E aqui que ouço um resmungar atrás de mim, ele era a pessoa que estava atrás de mim, mas já havia mais pessoas, nem tinha reparado, porque estava só olhar no sentido da fila e com a cabeça na lua. Ouvi esse grunhido, vi o que se tratava e ignorei, mas não é que o resmungão estava sempre a grunhir, sempre que dava um problema, lá estava ele. Chegou a minha vez coloco as coisas no tapete e já com o saco na mão, porque os empregados da caixa é só passar, passar, passar … e nem para o cliente olham, já sei como são e adotei a regra pagar só no final de arrumar as comprar, para eles não começarem a atender o próximo cliente e eu ainda arrumar. Há uns que não gostam, mas temos pena, também não gosto do atendimento deles e às vezes prefiro mesmo ir às automáticas.  Tudo na sacola e lá vou eu fazer o pagamento, até já tinha aberto a aplicação do telemóvel para pagar, mas o telemóvel sempre que pago naquele supermercado passa-se, e dá umas notificações e tive de repetir. E quem já estava a grunhir? O resmungão. Juro que me apeteceu lhe dizer, “Olhe está com pressa, tivesse chegado mais cedo, agora eu não tenho culpa por estar atrasado.”, mas respirei fundo e ignorei. Repeti o pagamento e gradeci ao empregado, acho que ele já estava a atender o resmungão e nem respondeu e segui caminho.