A gaivota
No passado domingo, sai para andar de bicicleta, ajuda a colocar as ideias no sítio. Fui para uma zona que a quase que não há transito, apenas passa um carro de vez enquanto.
Faço a viagem para lá, como tem uma pequena inclinação tenho que pedalar com mais intensidade vou até ao parque e ficou por lá a ver as pessoas, a margem sul e o rio, dou uns golinhos na garrafa de água. Quando já me sinto enfastiado daquilo tudo volto, por causa da pequena inclinação a viagem de volta é sempre mais rápida. Vou em alta velocidade, não consigo dar mais porque os pedais já estão muito leves. A meio do percurso, passo por um supermercado e ouço um gruído de gaivota e olho para direita e vejo duas gaivotas a voar na minha direcção, uma levava um pedaço de pão no bico e a outra ia atrás dela para lho roubar. Na minha cabeça os cálculos se fizeram instantaneamente e ia haver colisão, eu ia rápido de mais se travar a fundo vai ser espalhanço de certa e elas iam a voar baixo de mais a fugir uma da outra. Tinha tudo para dar asneira. Apenas me baixei o mais que consegui e elas passaram por cima, por sorte não houve colisão. Depois foi só deixar que a bicicleta desacelera-se porque o coração estava na boca, pensei “Uffffaaaa” já passou, tem calma. Acho que nunca estive tão perto de uma gaivota como aquela vez.
No resto do caminho que faltava para casa, e como há uma parte que tenho que circular mais de vagar por causa das pessoas, semáforos e carros. Vou a pensar nesta situação e a imaginar a chegar ao céu e a responder á pergunta “como tinha chegado ali?”, e todo envergonhado ia responder “fui atropelado por uma gaivota”, e imaginei todos anjos a rir, de certeza que ia para o livro das mortes estúpidas.
Deixo-vos a música "Amália Hoje - A Gaivota para vós inspirar a imaginar todo aquele cenário .